sábado, 10 de abril de 2010

No Xeque-Mate

Greve dos professores 1
Quando este colunista manifestou desconfiança com a greve dos professores da rede estadual, cuja pauta inexequível parecia cair como uma luva num ano eleitoral, houve quem protestasse — e os professores têm toda a razão de cobrar melhores salários e condições de trabalho, mas também têm de exigir melhor representação sindical. O fim melancólico da paralisação, anunciado anteontem, poucos dias depois da saída de José Serra do governo, só confirma a tese de que o movimento se pautava mais pela política do que pela educação.

Greve dos professores 2
Pior ainda foram as razões que redundaram no fim da greve, segundo a Apeoesp. As frases “A intolerância do governo em não negociar acabou desanimando a categoria” e “Os professores não conseguem ficar mais de um mês parados por questões financeiras”, em nota oficial da entidade, parecem tão esdrúxulas quanto a pauta apresentada. O pior é que, apesar do barulho, o governo não cedeu e os professores saíram de mão abanando e ainda terão os dias parados descontados.

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