quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Parkinson, surge uma nova arma

Aumento de uma proteína protege contra o Mal de Parkinson

O incremento de uma proteína produzida por células do cérebro chamadas astrócitos, que se caracterizam pela riqueza e dimensões de seus prolongamentos citoplasmáticos distribuídos em todas as direções, pode fornecer proteção total contra o Mal de Parkinson, segundo estudo publicado nesta segunda-feira (2 de fevereiro).

A enfermidade neurodegenerativa, que causa tremores e rigidez muscular, ocorre quando morrem ou se deterioram as células cerebrais produtoras de dopamina - um neurotransmissor - numa zona do cérebro chamada "substância negra", fazendo com que os músculos do corpo percam a habilidade de funcionar com desenvoltura e de forma coordenada.

A substância negra ou substância nigra é uma porção heterogênea do mesencéfalo responsável pela produção de dopamina no cérebro. A degeneração dos neurônios pigmentados nesta região é a principal causa da doença de Parkinson. Na maioria dos pacientes com Parkinson, a causa da morte destes neurônios produtores de dopamina é desconhecida.

Os resultados do estudo, feito com cobaias, foram publicados nos anais da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos. Os cientistas da Universidade de Wisconsin-Madison estudaram ratos nos quais foram injetados astrócitos que produziam o dobro do nível normal de uma proteína chamada Nrf2.

Esses ratos, não desenvolveram logo a desordem nervosa do Mal de Parkinson, segundo o estudo que conclui que a proteína Nrf2 produzida pelos astrócitos protegeu os animais.
Pei-Chun Chen, um especialista de Taiwan, cruzou a experiência com o rato que produzia excesso de Nrf2 com outro cuja proteína havia sido "eliminada", e descobriu que éste último também estava completamente protegido da toxicidade química causadora da doença.
Infelizmente, "os pacientes de Parkinson, quando diagnosticados, já apresentam perda significativa de funções neurais", disse Johnson.

Segundo a National Parkinson Foundation, cerca de 1,5 milhão de americanos sofrem da doença, entre eles o ex-boxeador Mohamed Ali e o ator Michael J. Fox, e a cada ano são diagnosticados outros 60.000 novos casos no país.

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