Neste dia 21 de setembro comemoramos o Dia Nacional de Luta das Pessoas
com Deficiência. Uma data especialmente criada para lembrarmos que uma multidão
de pessoas, em torno de 45 milhões no Brasil e 150 mil apenas em Campinas, luta
diuturnamente pelos seus direitos, pelo respeito e pelas garantias de seu
espaço dentro da nossa sociedade.
Uma nação que trabalha pelo seu desenvolvimento econômico, tecnológico e
cultural tem por obrigação também trabalhar arduamente pelo seu desenvolvimento
social. “Ordem e Progresso”, que é o lema do novo governo brasileiro, resume
bastante este anseio, especialmente nas questões que envolvem pessoas com
deficiência.
A verdadeira inclusão se faz através do respeito às diferenças e aos diferentes,
cada um dentro de suas limitações, mas com suas potencialidades. Cidadania não
se exerce apenas por meio de decretos e convenções, mas especialmente pela
solidariedade de cada um de nós. E solidariedade não é caridade. Solidariedade
é compartilhar os mesmos problemas e buscar juntos as suas soluções.
Ao longo das últimas três décadas, desde quando foi criado o Ano
Internacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, em 1981, pela ONU, muita
coisa já mudou neste sentido. Demos importantes passos para frente, conseguimos
fazer com que a sociedade, de alguma maneira começasse a enxergar os
“desiguais” com olhos menos intolerantes, com olhos mais libertos do preconceito
contra as diferenças físicas, mentais e sensoriais.
O Brasil avançou bastante em direção à inclusão desde então e a mídia nacional
tem exercido papel fundamental neste trabalho. O tema tem sido recorrente nos
grandes jornais, nas grandes redes de televisão, através de programas, novelas
e grandes reportagens que abordam o assunto “pessoas com deficiência”.
Nas artes, na educação, nos meios de transporte, na tecnologia, na
medicina, enfim em quase tudo aquilo que faz a roda social girar há e haverá
ainda mais espaço para nós, os diferentes.
É claro e cristalino que ainda estamos muito longe de termos uma
sociedade plenamente inclusiva. Muita coisa ainda precisa ser feita, muitas
batalhas ainda precisam ser travadas. Aos poucos vamos seguindo em frente, com
uma barreira quebrada aqui e outra ali. A pior delas é o preconceito e exige de
nós muito mais suor e trabalho para superá-la de maneira digna e completa.
Mas, graças a Deus, superação é sempre o nome do meio de todas as pessoas
que possuem alguma deficiência. Ainda estamos no limiar de um processo que vai
exigir muito esforço e trabalho por parte de todos nós. Venceremos este
obstáculo, com certeza mais que absoluta, e as gerações futuras lembrarão,
destes tempos de luta, com nostalgia e a certeza de que travamos boas batalhas
e fizemos, da melhor maneira, a nossa parte.
Célia Leão
Deputada
Estadual
PSDB - SP
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