Começou nesta segunda-feira (22), a terceira e última fase de testes da
primeira vacina brasileira contra a dengue, desenvolvida pelo Instituto
Butantan - um dos maiores centros de pesquisas biomédicas do mundo.
"A dengue é uma doença endêmica no Brasil e em mais de 100 países. A
vacina brasileira produzida pelo Butantan, um centro estadual de
excelência reconhecido internacionalmente, será certamente uma
importante arma de prevenção para que o país possa delinear estratégias
de imunização em massa, protegendo nossa população contra a doença e
suas complicações, disse o secretário da Saúde, David Uip.
Os estudos começam com 1,2 mil voluntários recrutados pelo Hospital
das Clínicas, um dos 14 centros credenciados pelo Butantan para a
realização dos testes, que envolverão 17 mil participantes em todo o
Brasil. Os voluntários do HC (que têm entre 2 e 59 anos de idade e
residem em diferentes localidades da capital paulista e da região
metropolitana da Grande São Paulo) entraram em contato diretamente com o
hospital ou deixaram seus dados no Serviço de Atendimento ao Cidadão do
Butantan, autorizando que eles fossem repassados ao centro de pesquisas
do complexo hospitalar.
"Nós estamos estudando também o soro pra neutralizar a ação vital no caso do zika vírus", destacou o governador Geraldo Alckmin.
Os participantes serão acompanhados por um período de cinco anos para
verificar a duração da proteção oferecida pela vacina. O acompanhamento
será feito por meio de visitas programadas para coleta de amostras,
além de contatos telefônicos e mensagens por celular.
Na capital paulista, o cadastro de interessados em participar do
estudo passa de dois mil. Podem ser voluntários do estudo pessoas que
estejam saudáveis, que já tiveram ou não dengue em algum momento da vida
e que se enquadrem em três faixas-etárias: 2 a 6 anos, 7 a 17 anos e 18
a 59 anos. Interessados também podem procurar o SAC do Butantan pelo
e-mail sac@butantan.gov.br.
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