quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Nova Lei permite jornada extra de policiais

O governador Geraldo Alckmin sancionou nesta quarta-feira (13), lei complementar que institui a Diária Especial por Jornada Extraordinária de Trabalho Policial Civil (Dejec). A medida permitirá aos policiais civis trabalharem em suas folgas, com direito a remuneração adicional de R$ 226,08 para delegados e R$ 188,40 para demais carreiras. O valor é calculado com base na Unidade Fiscal do Estado de São Paulo (Ufesp). As atividades e critérios a que serão submetidos os policiais, ou seja, a regulamentação da lei, será feita por portaria do Delegado-Geral de Polícia. 

Cada policial poderá trabalhar até 8 horas diárias (fora da jornada normal), por até 10 dias no mês, ou seja, máximo de 80 horas. Com a limitação da carga da diária, o governo espera que o serviço extraordinário não prejudique o descanso do policial civil.
 
Atualmente são dois os tipos de jornada: o plantonista, com escala de 12/24 (trabalha 12 horas e folga 24h) e 12/72 (trabalha 12h e folga 4 dias), e o expediente, com jornada de 8h por dia de segunda a sexta-feira. No caso dos escrivãos que trabalham no expediente, eles são escalados para fazerem no mínimo um plantão por mês, sem direito a remuneração extra. “Lutamos pela Dejec desde 2014. Essa lei vem para amenizar o trabalho do policial civil em escalas extras, hora de folga, sobreaviso e a carga excessiva de trabalho”, disse o presidente do Sindicato dos Policiais Civis da Região de Campinas (Sinpol), Aparecido Lima de Carvalho.
 
Segundo o governo estadual, a escala remunerada de trabalho proposta pela Dejec tem como objetivo aumentar a renda dos policiais civis, a exemplo do que acontece com os militares, e reforçar o efetivo nas ruas, nas delegacias, no trabalho de investigação e atendimento à população de todos os municípios paulistas. “Com a Dejec, os policiais com experiência, que já trabalham em determinados locais, com casos específicos, contribuirão com maior rapidez nos inquéritos policiais”, disse o secretário de Segurança Pública, Alexandre Moraes, em coletiva.

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