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A Secretária Emmanuelle Alkmin e a Deputada Célia Leão |
Deficiente visual, Emmanuelle é advogada formada pela
PUC-Campinas, graduada em Liderança Avançada pelo Instituto Haggai e está
cursando MBA em Desenvolvimento Humano de Gestores, na Fundação Getúlio Vargas.
Além da vasta experiência em direito público, a futura secretária atuou também
como professora em Direito no Terceiro Setor no curso de Gestão e Governança
Social, na Universidade Adventista de São Paulo (Unasp).
Entre os anos de 2002 e 2005, Emmanuelle trabalhou na
Secretaria de Assuntos Jurídicos da Prefeitura de Campinas e foi diretora do
Departamento Consultivo da Prefeitura de Osasco, entre os anos 2005 e 2006. Por
dois anos foi ainda presidente da Pró-Visão, uma das mais importantes
instituições que atendem deficientes visuais em Campinas. Atualmente a jovem
ministra palestras e seminários sobre a inclusão social de pessoas com
deficiência.
Com este breve currículo é possível afirmar que o prefeito
eleito Jonas Donizette não poderia ter feito melhor escolha para assumir tão
importante secretaria a ser criada em nossa cidade. Emmanuelle, além de
profissional da mais alta competência, é uma militante das mais ativas pelos
direitos das pessoas com deficiência em todo o Estado de São Paulo, uma
companheira de luta em um segmento social que clama por políticas públicas
efetivas, viáveis e que possam realmente mudar, para melhor, a vida de muitas
pessoas.
O último censo do IBGE revelou que 24% da população
brasileira possui algum tipo de deficiência, incluindo as pessoas com
mobilidade reduzida (obesos, grávidas, idosos, etc). Na prática, temos em torno
de 250 mil habitantes que necessitam de atenção especial em Campinas e não
podemos, definitivamente, continuar relegando estas pessoas ao segundo plano na
condução administrativa da nossa cidade.
A criação da Secretaria em Campinas, que era uma das nossas
reivindicações ao longo dos últimos anos, será sim uma das ações mais
importantes neste sentido, a exemplo do Governo Paulista e de outros dez municípios
que já adotaram este caminho em nosso Estado com resultados bastante positivos,
especialmente na construção, ou pelo menos do começo da construção de uma nova mentalidade
inclusiva entre a população.
Cara secretária Emmanuelle, a messe é grande e os operários
são poucos. As demandas são as maiores e as mais complexas possíveis em nossa
cidade. Porém, temos ao nosso lado a esperança calejada pelo tempo e que
insiste para que não desistamos jamais dos nossos objetivos, do sonho de se
construir uma sociedade realmente inclusiva, com respeito e dignidade para
todas as pessoas, independentemente da condição física e social de qualquer um
de nós. Não será fácil, mas com a criação da Secretaria Municipal dos Direitos
das Pessoas com Deficiência e Mobilidade Reduzida de Campinas estamos dando
mais um importante passo nesta direção.
Inclusão social significa fazer com que todos façam parte
igualmente de uma mesma sociedade, com condições, direitos e deveres iguais. E
isso se constrói com educação, trabalho, transporte acessível, esporte, lazer
e, acima de tudo, respeito mútuo. As dificuldades serão muitas, mas estaremos
unidas nesta caminhada. E diante das dificuldades só temos três opções:
conhecer, enfrentar e vencer. Certamente, venceremos e faremos de Campinas um
modelo de inclusão para todo o Brasil.
Célia Leão
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