Antônio Gois e Cláudia Collucci
As barreiras que dificultam a inclusão de crianças com deficiência em Escolas comuns não são apenas físicas. Muitas vezes, elas começam na própria casa.
Foi o que detectou pesquisa do Ministério do Desenvolvimento Social com 190 mil famílias que recebem o Benefício de Prestação Continuada, por terem em casa criança ou jovem com deficiência, física ou intelectual.
O estudo mostrou que a maioria (53%) das famílias cujas crianças não estavam na Escola apontou como razão o fato de considerar que os filhos não tinham condições de aprender.
O benefício, previsto na Constituição, é pago apenas a famílias com renda per capita inferior a R$ 127,50 (um quarto do salário mínimo).
A coordenadora-geral de acompanhamento dos beneficiários, Elyria Credidio, diz que é preciso considerar que essas famílias investigadas na pesquisa vivem em situação de pobreza, antes de acusá-las de preconceito.
"São pessoas que, muitas vezes, já tentaram acesso ao posto de saúde ou a uma Escola, mas não foram bem atendidas e não estão conscientes a respeito dos seus direitos. Ainda estamos em processo de transição para uma Educação inclusiva para todos", afirma Elyria.
Nenhum comentário:
Postar um comentário